Golpe do idoso: vítima diz ter perdido casa após assinar papéis sem saber, a pedido de ‘amiga’

Golpe do idoso: vítima diz ter perdido casa após assinar papéis sem saber, a pedido de ‘amiga’ Uma idosa de 85 anos afirma que foi vítima de um golpe ...

Golpe do idoso: vítima diz ter perdido casa após assinar papéis sem saber, a pedido de ‘amiga’ Uma idosa de 85 anos afirma que foi vítima de um golpe ao vender o apartamento onde mora há mais de 50 anos. Ela conta que assinou documentos sem saber sobre o que se tratava e foi enganada por uma mulher que se dizia amiga. A aposentada Therezinha Mariano afirma que o golpe começou em um grupo de oração, há 12 anos. A mulher apontada pela idosa tem 42 anos e se apresentou como advogada, na época. “Era uma amizade muito boa, como se fosse uma filha. Ela tem uma vozinha muito carinhosa, boazinha”, contou a idosa. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Este ano, mais de 113 mil casos de estelionato foram registrados no Rio de Janeiro. Therezinha conta que ficaram amigas e pediu ajuda para resolver o processo de usucapião do apartamento em que mora há mais de 50 anos. O registro saiu em 2021, mas ela diz que não foi avisada. A aposentada Therezinha Mariano afirma que foi vítima de um golpe começou em um grupo de oração há 12 anos Reprodução/ TV Globo A idosa conta que foi levada ao cartório em setembro de 2022, no Centro do Rio. Lá, assinou a escritura de compra e venda do apartamento sem saber do que se tratava. Apesar do documento apontar o valor de R$ 290 mil, a aposentada afirma que não recebeu dinheiro algum. “Todos os atos praticados em cartório com pessoas idosas, obrigatoriamente, têm que ser gravados exatamente para evitar fraude. E ela disse à Dona Therezinha: ‘Olha, tudo o que ela disser a senhora diz sim’”, afirmou Carlos Leal, advogado da aposentada. Therezinha diz que não entendeu o teor dos documentos assinados e negou ter tido qualquer intenção de vender o imóvel. A idosa acusa a suposta amiga de ter agido de forma criminosa, além de ter passado a controlar suas contas e despesas. “Pensei que era um documento para mim, uma escritura para mim. Eu não estava sabendo o que eu estava assinando. Eu não tenho nada, só tenho essa casa. É muito importante”, disse Therezinha, emocionada. A polícia investiga o caso. Em depoimento, a escrevente disse que gravou a leitura da escritura, mas tem registrado apenas o início do trâmite. Segundo ela, o resto do vídeo estava em um celular que foi roubado. A ex-funcionária do cartório disse que não se lembra de questionar se Therezinha recebeu os R$ 290 mil e afirmou que este tipo de pergunta não é praxe. A escrevente também garantiu que fez o atendimento padrão, e que não desconfiou de qualquer prática ilícita. “Foi feita uma ação judicial de anulação do ato por abuso de confiança, estelionato emocional, crime de estelionato pelo artigo 171 e todo o vício que foi causado, ela foi induzida ao erro”, afirmou o advogado. Em nota, a Polícia Civil disse que o caso foi encaminhado para a 4ªDP (Presidente Vargas), no Centro. Os envolvidos ainda estão sendo ouvidos e os agentes analisam documentos anexados nos autos. Os investigadores também pediram imagens. Outras diligências também estão em andamento. Therezinha Mariano e o advogado Carlos Leal Reprodução/ TV Globo